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20 de nov. de 2011

FOTOS, LEGENDAS E BISPOS DE CAETITÉ




Raquel Pereira recebeu sua instrução em Caetité, na fase infanto-juvenil (dos três aos dezesseis anos), quando se formou na Escola Normal, em 1932.
Durante dez anos (de 1933 a 1943), sempre retornava à Caetité, no período de férias. Às vezes, revezava seus passeios, indo a Bonito (Igaporã), visitar parentes, ou a Guanambi, onde seus pais e irmãos residiam, na zona rural. Depois do seu casamento religioso com Arlindo Alves Carneiro, em Tanque Novo, no ano de 1943, a frequência desses passeios diminuiu muito. Entretanto, ela passaria as fases finais de algumas gestações, em Caetité. Além disso, após a sua aposentadoria, sempre marcava presença nos festejos de Nossa Senhora Santana. Acompanhou, ainda, seus filhos mais novos, nos estudos.
Todos seus filhos estudaram no IEAT (Instituto de Educação Anísio Teixeira). Maria Carneiro das Graças, a filha mais velha, passou dois anos como interna, no Colégio das Freiras, no início dos anos 60. Três dos seus filhos, residem, há vários anos em Caetité: Arlindo Carneiro Filho (funcionário aposentado do Banco do Brasil); Aparecido Carneiro Pereira (dentista da Fundação Hospitalar Senhora Santana); e Eloísa Pereira Carneiro Neves (professora de Matemática, concursada pela Prefeitura Municipal).
Por isso, nada mais justo do que prestarmos uma pequena homenagem a essa cidade bonita, aprazível, de gente ordeira e hospitaleira. Terra do manganês, do minério de ferro, do urânio e da pedra ametista. E que, brevemente, será um polo gerador de energia eólica. Lugar de origem de vultos exponenciais como Aristides Spínola, César Zama, Plínio Augusto de Lima, João Gumes, Rodrigues Lima, Anísio Teixeira, Camilo de Jesus Lima e Waldick Soriano.

Aristides Spínola – Advogado, deputado no Império e na república, abolicionista, presidente da província de Goiás (nomeado por D. Pedro II) e fundador do Centro Espírita de Caetité (hoje, tem o seu nome). Foi colega de Castro Alves, Rui Barbosa e Plínio de Lima.

César Zama – Médico, político, parlamentar, literato, jornalista e orador primoroso. Debateu alguns temas com Rui Barbosa.

Plínio Augusto de Lima – Advogado, poeta, jornalista e abolicionista. Foi presidente de uma sociedade em prol da abolição, da qual faziam parte Castro Alves, Rui Barbosa e João Batista Regueira da Costa. Como jornalista, usava o psudônimo de Lúcio Luz, para fazer suas publicações no Correio Pernambucano.

João Gumes - Autodidata, músico, desenhista, pintor, dramaturgo, arquiteto, provisionado (advogado) e jornalista. Criou o jornal “A Penna” e ajudou na fundação do Centro Espírita de Caetité.

Rodrigues Lima – Era médico e político - foi deputado, senador e primeiro governador eleito da Bahia.

Anísio Teixeira – Foi, sem sombra de dúvidas, um dos maiores pedagogos do Brasil. (Veja vários links sobre Anísio Teixeira, no final da página sobre a Escola Normal, aqui, neste blog).

Camilo de Jesus Lima – Jornalista e poeta, foi um dos maiores intelectuais do sertão baiano. Era sobrinho-neto de Plínio Augusto Xavier de Lima, e militante comunista. Tornou-se tabelião e morou em Vitória da Conquista, Macarani e Itapetinga (todas três cidades baianas). Deixou extensa obra literária, do romance ao conto, destacando-se, porém, na poesia, quando foi premiado, em 1942, com o livro “Poemas”. Foi preso pela ditadura militar. Pouco tempo após ser libertado, sofreu um acidente misterioso, na cidade de Itapetinga, e veio a falecer, em 1975.

Waldick Soriano- Cantor e compositor – foi considerado um ícone da música classificada como brega. Faleceu no Rio de Janeiro, em 4 de setembro de 2008, vítima de câncer.



Algumas fotos antigas de Caetité:





1ª foto: Praça da Igreja Matriz (vista para a entrada da Rua 2 de Julho)

2ª foto: A mesma praça (vista para a Casa do Bispo e a Casa Paroquial)




1ª foto: Antiga Praça do Mulungu (entrada da Rua 2 de Julho, sentido Praça da Igreja)

2ª foto: Vista parcial da velha cidade (foto tirada de um morro _ hoje, Bairro Santa Terezinha).

Obs.: Segundo informações do "Espaço INB", essas quatro fotos acima são da década de 1930.





1ª foto: O Pelourinho - foi erguido no dia 5 de abril de 1810, quando Caetité foi elevada à vila, recebendo o nome de Vila Nova do Príncipe e Santana de Caiteté. O original, cujo poste era de madeira e servia para enforcamento de escravos, foi incendiado em 1842. Na gestão de Dácio Oliveira, foi reerguido esse monumento simples, de concreto, quando houve a reforma da Praça da Catedral, em 1991.


2ª foto: Base do Pelourinho - a placa foi fixada nas mesmas pedras do pelourinho primitivo



             


1ª foto: Igreja Matriz - foi construída em 1817 e reformada em 1836. As pinturas no teto foram feitas pelo pintor alemão Gottschalk. 


Na 2ª foto, podemos ver a igreja com as alterações feitas pelo primeiro bispo, D. Manoel Raimundo de Melo: uma torre central e três portas de fachada. Para diminuir a desproporção dessa torre, D. Juvêncio, o segundo bispo, mandou levantar as laterais da mesma, e promoveu outras reformas.






1ª foto: Praça da Cadeia Velha - antigo Largo do Severino, foi o primeiro centro comercial de Caetité (onde ocorriam as feiras livres). Hoje é denominada Praça Dr. Deocleciano Teixeira.

2ª foto: Casa da Câmara e Cadeia - foi, por quase cem anos, o centro administrativo, judiciário e legislativo de Caetité. Sua construção foi uma das exigências para a emancipação em 1810. Ali funcionavam, no primeiro pavimento, o Fórum e a Intendência (Prefeitura). No século XX, com a mudança da Prefeitura e da Câmara para a Praça da Catedral, ficou funcionando, nesse local, apenas, a delegacia de polícia.





1ª foto - Correios – foram instalados em 1832; e os Telégrafos, em prédio separado, no ano de 1896. Em 1932, aconteceu a união de Correios e Telégrafos.

2ª foto - Casa de Anísio Teixeira (primeira, à direita); na outra, ao lado desta, funcionaram, no século XX: prefeitura, câmara, clube social e fórum. O prédio foi reformado para a instalação do fórum, em 1973, que recebeu o nome de César Zama. Em 1992, sofreu nova reforma e passou a ser denominado Fórum Dr. Vanni Silveira Lima.





1ª foto: Escola Normal de Caetité – foi criada em 24/08/1895, quando era governador do estado, o caetiteense, Rodrigues Lima. Sua inauguração, porém, aconteceu em 1898 e, por motivos políticos, foi fechada em 1903. Sob a intervenção de Anísio Teixeira, quando o mesmo era Diretor Geral da Instrução, no governo de Góes Calmon, a escola foi reaberta, em 1926.

2ª foto: Rua Barão de Caetité – recebeu essa denominação em homenagem ao primeiro e único Barão de Caetité: Dr. José Antônio Gomes Neto. Antes, era conhecida como Rua São Benedito. Até o início dos anos 50, era a principal via que ligava a Praça da Catedral ao “Jatobá” _hoje, Praça Dr.Jairo Pontes, mais conhecida como “Parque das Árvores”. O calçamento de pedras irregulares feito em 1909, durou até 1970. Obs.: Esta foto é da década de 1950 _ veja alguns detalhes: o calçamento rústico, o carro da época e um poste de ferro, que era dos Telégrafos.






1ª foto: Mercado Público – sua inauguração foi em 1897, pelo prefeito Coronel Cazuzinha. Sua demolição aconteceu em 1966, na gestão do prefeito José Neves Teixeira (Binha), pelo motivo da mudança do local da feira.

2ª foto: Teatro Centenário – foi construído em comemoração ao primeiro centenário da proclamação da Independência do Brasil, graças aos esforços de Durval Públio de Castro e outros políticos. Foi demolido em 1968, na administração do prefeito José Ladeia.

Obs.: O Mercado Público e o Teatro Centenário foram projetos de João Gumes.

P/S. Infelizmente, aconteceram essas duas demolições de monumentos históricos, em Caetité, que é conhecida como “cidade cultura”.






1ª foto: Observatório Meteorológico – foi mandado construir pelo imperador Dom Pedro II. Todavia, a instalação do mesmo só aconteceu em 1908, na República. O primitivo, como mostra a primeira foto, possuía duas torres; o telescópio ficava na segunda torre. Sua principal finalidade era observar as alterações climáticas do Alto Sertão, e seu primeiro funcionário foi o alemão Bernardo Ohlsen. Situado num morro, a cerca de 90 metros acima do nível da Praça da Catedral, foi, por muito tempo, um ponto isolado e referencial. Hoje é um bairro populoso, que tem o seu nome.

2 ª foto: O observatório precisando de restauração...





1ª foto: Banco do Brasil – a primeira agência bancária da região foi instalada em Caetité, no ano de 1943.
Obs.: A construção desse prédio contou com os trabalhos do mestre de obras de Tanque Novo: Lolô Marques.

2ª foto: Praça da Feira Velha




1ª foto: Casa do Barão de Caetité

2ª foto: Local de origem da Avenida Santana. A segunda casa (da esquerda para a direita) foi demolida em 1950, na gestão de Dr. Ovídio Teixeira, para abertura de uma avenida. Como referência, a primeira é a casa paroquial, onde mora Monsenhor Osvaldo Magalhães.




Duas fotos do mesmo casarão, onde morou o Coronel Cazuzinha (José Antônio Rodrigues Lima), que era político e genro do Barão de Caetité. Foi, por duas vezes, Intendente (prefeito) Municipal: 1896/1903 e 1912/1915. Hoje, mora nesse casarão, Dr. André Koehne, advogado, atual presidente da Academia Caetiteense de Letras e que é sobrinho-bisneto do Coronel Cazuzinha.




Duas fotos do casarão onde nasceu César Zama. Está localizado na Praça da Catedral.




Duas fotos da Igrejinha do Bruno, que fica localizada num morro. Antes, havia apenas, um cruzeiro. A capela foi construída em 1953, pelo comerciante Bruno Silva, natural de Paramirim. É local de penitências e rezas de Via Sacra, na Semana Santa.


Alguns pontos interessantes da cidade:




Fotos da Fundação Hospitalar Senhora Santana _ à esquerda, entrada principal (norte); e, à direita, entrada alternativa (sul). O hospital foi construído em 1948; sua inauguração, porém, só aconteceu em 1962, graças ao empenho do bispo Dom José Pedro Costa, da chegada dos médicos Dr. Woquiton Fernandes (já falecido), Dr. José de Carvalho Costa (Dr. Zequinha) e do bioquímico Dr. João Gumes (já falecido, também). Durante muito tempo, era o único hospital da região.




Prédio atual da Prefeitura – foi inaugurado em 1950, pelo prefeito Dr. Ovídio Teixeira. A pracinha sofreu alterações e recebeu banquinhos na 1ª gestão de Dr. Ricardo Ladeia (2001 - 2004).



 


1ª foto: IEAT – foi construído em 1955, contando com dois pavimentos, Escolas Anexas e Auditório. Antes, era Escola Normal e Colégio Estadual de Caetité. Passou a ser Instituto de Educação Anísio Teixeira (IEAT), em 1962, no governo de Juracy Magalhães.

2ª foto: Baraúna Tênis Clube – clube social construído na década de 1960.




Rádio e Faculdade de Caetité – foram criadas, graças aos esforços do bispo Dom Eliseu que, infelizmente, saiu antes de vê-las funcionando. A Rádio Educadora Santana de Caetité foi inaugurada em 1981. Seu primeiro diretor foi o Professor Hélio Negreiros que possuía, anteriormente, em sociedade com José Valmir de Castro Abrantes, a “Divulgadora Guarani”, criada em 1976. Essa Divulgadora era composta por dez alto-falantes espalhados em pontos estratégicos da cidade, prestando serviços de propaganda, avisos e músicas variadas. A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caetité, por sua vez, foi inaugurada em 1982; e o seu primeiro diretor foi Antônio Raimundo dos Anjos, que era padre e foi Vigário Capitular (respondeu pela Diocese) no período compreendido entre a saída de Dom Eliseu e a posse de Dom Alberto.



1ª foto: Arquivo Público - a restauração desse prédio teve início na 2ª gestão do prefeito Dácio Oliveira (1997 - 2000), e foi concluída no primeiro mandato de Dr. Ricardo Ladeia (2001 - 2004).

2ª foto: Correios e Telégrafos (sede atual) - esse prédio foi construído em 1952, na praça Dr. Deocleciano Teixeira cedida pela prefeitura, o que gerou protestos, pois, alguns amigos da situação aproveitaram para fazer construções particulares, ao lado do mesmo.



1ª foto: Novo fórum - foi construído no Bairro Santa Rita (antigo "Gambá") e inaugurado em 2006. Voltou a possuir o nome de César Zama.

2ª foto: Delegacia de Polícia - fica situada no Bairro Alto Cristo, e foi construída na gestão do prefeito Nivaldo Oliveira (1977 - 1982)





1ª foto: Mercado atual – foi construído na gestão de José Neves Teixeira (Binha Teixeira) _ 1963/1966, e ampliado, aos poucos, nas gestões posteriores.
Obs.: Na administração do prefeito Binha Teixeira, a energia hidráulica, vinda de Correntina, Bahia, foi inaugurada, em 1965, pelo governador Lomanto Júnior. Antes, a energia era adquirida por meio de usinas com motores a óleo. A primeira iluminação elétrica, porém, aconteceu na década de 1920, através de uma grande caldeira que ficara encalhada, por alguns anos, no Rio São Francisco. Depois, fora resgatada e trazida, num esforço gigantesco, por 40 juntas de bois. Essa caldeira era mantida à lenha.

2ª foto: Rótula - feita no 2º mandato do prefeito Dr. Ricardo Ladeia (2007). Ao fundo, podemos ver o Terminal Rodoviário, construído pelo governo do estado da Bahia, em 1992.





1ª foto: Sede do SineBahia - Serviço de intermediação para o trabalho, com emissão de documentos.
                  SINE = Sistema Nacional de Emprego

2ª foto: Espaço INB - é um espaço cultural que dispõe de informações sobre urânio, meio ambiente, saúde, ciência e tecnologia. Foi inaugurado em 2010.
(INB = Indústrias Nucleares do Brasil).
Obs.: Esse casarão foi construído em meados do século XIX e já pertenceu ao médico Dr. Deocleciano Pires Teixeira, pai do educador Anísio Teixeira, o mais ilustre filho de Caetité.
Hoje, esse casarão pertence à Associação das Senhoras de Caridade (ASC).
Dr. Deocleciano Pires Teixeira - era médico e político. Foi Deputado Provincial (1882 – 1889); Conselheiro Municipal (vereador) e presidente do Conselho (1890 – 1892); Intendente (prefeito), nos períodos 1892-1893 e 1894–1895. Foi eleito, também, Senador Estadual (1895-1898).




1ª foto: Os dois casarões do SineBahia e do "Espaço INB". Ficam situados na Praça da Catedral.

2ª foto: Casas de Durval Públio de Castro - ele era comerciante e político. Foi um grande batalhador em prol do progresso de sua terra, incentivando, principalmente, a construção do Teatro Centenário. Dirigiu a Sociedade Evolutiva e Protetora da Lavoura; através dessa instituição, criou o jornal “A Evolução”, em 1917. Sua filha Esmelita Públio de Castro foi a primeira mulher caetiteense a ter um diploma universitário. Itamar Públio de Castro e Agnalda Públio de Castro (outras filhas) foram colegas de Raquel Pereira.



1ª foto: Casa Paroquial e Palácio do Bispo (foto recente).

2ª foto: Estátua do Cristo - situada no morro do Bairro Santa Terezinha, foi inaugurada no final da segunda administração do prefeito Dácio Oliveira (dezembro/2000).




1ª foto: Igreja de São Benedito situada na Rua Barão de Caetité, foi construída como capela por familiares do Barão, em 1833.

2ª foto: Igreja de São João - localizada na rua do mesmo nome, foi erguida por José Porto, devoto de São João, em 1874.




1ª foto: Capela de Santa Terezinha - fica no bairro do mesmo nome.

2ª foto: Capela de São Gaspar - localiza-se em frente ao Baraúna.

Obs.: São duas de várias capelas construídas no episcopado de Dom Alberto.





Duas fotos de um casarão típico, construído na década de 1930. Está localizado numa travessa, em frente ao Colégio Senador Ovídio Teixeira, no centro da cidade.




Fotos da Praça Vereador Edvaldo Vilasboas, no bairro Alto Cristo. Essa praça foi construída na primeira administração do prefeito Dr. Ricardo Ladeia (2001 - 2004).





Fotos da Praça Maria Neves Lobão, edificada no 2º mandato do prefeito Dr. Ricardo Ladeia (2005 - 2008).




1ª foto: Quadra poliesportiva da Praça Benjamin Teixeira Rodrigues Lima, inaugurada no final da primeira administração do prefeito Dr. Ricardo Ladeia (dezembro/2004).
Obs.: Benjamin Teixeira Rodrigues Lima era pai do político Haroldo Lima.

2ª foto: Avenida Prefeito Olimar Oliveira (Bairro Pedro Cruz), com vista para o centro da cidade




Fotos oeste e leste da Praça Dr. Jairo Pontes ("Parque das Árvores"). Essa praça foi construída na gestão do prefeito Olimar Oliveira, em 1994. Arquiteto responsável: Amaury Públio de Castro Filho.

Obs.: Dr. Jairo Pontes - era médico e filho de Dr. Clarismundo Pontes. Assim como seu pai, foi, também, diretor da DIRES. Faleceu jovem, aos 39 anos, vítima de um infarto, no ano de 1989.




Outros ângulos da Praça Dr. Jairo Pontes - nessa praça, existem vários bares, lanchonetes, pizzarias e churrascarias. De vez em quando, há música ao vivo. É o "point" da cidade.





Duas fotos (oeste e leste) da Praça Tancredo Neves, que foi inaugurada na administração do prefeito Dácio Oliveira, no ano 2000. Antes, era Praça Buenos Aires; e, antigamente, era conhecida como Praça do Mulungu ou "Bomba", devido aos postos de gasolina.




Duas fotos da Praça Rodrigues Lima que, também, foi inaugurada no ano 2000, na gestão de Dácio Oliveira. Ainda hoje, é mais conhecida como Praça da Feira Velha.





Duas fotos da Câmara Municipal, onde era a Escola Normal. Seu Salão Nobre é cedido, gentilmente, para as reuniões mensais da ACL (Academia Caetiteense de Letras).






Fotos do Shopping Center Caiçara - está localizado na Avenida Santana. Sua construção teve início no bispado de Dom Eliseu; e, sua conclusão, no episcopado de Dom Alberto. É mais uma fonte de renda da Diocese de Caetité.




1ª foto: CEP (Centro Paroquial) - reformado recentemente, divide com as Escolas Reunidas São José, o espaço do antigo seminário da Rua Barão de Caetité.

2ª foto: Fundo do CEP fazendo divisa com o Shopping Caiçara.




Fotos do novo seminário, conhecido como CTL (Centro de Treinamento de Líderes).




1ª foto: DIREC (2ª edificação da direita para a esquerda) - local do antigo Colégio das Freiras (internato). O prédio ainda pertence à diocese.

2ª foto: Rua Rui Barbosa (sentido oeste - leste) - era conhecida antigamente, como "Coréia", por causa das constantes brigas que, aí, aconteciam. Há vários pontos comerciais, clínicas, a 24ª DIRES (Diretoria Regional de Saúde), o Centro de Saúde, o INSS e a DIREC (Diretoria Regional de Educação).




Dois sentidos da Avenida Santana: na 1ª foto, das casas comerciais para a Catedral; e, na 2ª foto, do Banco do Brasil para o IEAT.




1ª foto: Ginásio de Esportes - oficialmente, Ginásio Poliesportivo Professor Hélio Negreiros. Foi construído na administração do prefeito Dácio Oliveira, em 1992. Arquiteto responsável: Amaury Públio de Castro Filho.

2ª foto: Colégio Modelo - obra realizada pelo governo do estado da Bahia, em 2002.






COOPEC (Cooperativa Educacional de Caetité) – criada em 1992, é dedicada aos ensinos fundamental e médio dos filhos dos seus associados, inclusive, de outras cidades da região, devido ao bom nível de instrução.




Novo Hospital - foi inaugurado no final do 2º mandato do prefeito Dr. Ricardo Ladeia (2008). Apresenta uma estrutura enorme, fica localizado no alto de um morro, mas, por enquanto, funciona como UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O local já serviu, por duas vezes, para abrigar equipes com profissionais de São Paulo do "Saúde em Movimento" (mutirões de saúde).





1ª foto: Agência do Bradesco - local do antigo Teatro Centenário. Ao fundo, vemos a casa onde morou Dr. Ovídio Antunes Teixeira.

Dr. Ovídio Antunes Teixeira – era farmacêutico e político. Foi Conselheiro Municipal (vereador), várias vezes; Presidente do Conselho (Câmara Municipal) mais de uma vez; Intendente (prefeito) por quatro vezes: 1924 – 1927; 1929; 1932 – 1934; 1948 – 1950; Deputado Estadual de 1935 a 1937; e Senador Federal de 1959 a 1963.

2ª foto: Cine Anísio Teixeira - fica localizado no fundo da Casa Anísio Teixeira. Foi inaugurado pelo governador César Borges, em 2000.





Catedral – a Igreja Matriz passou a ser catedral na época de Dom Juvêncio (2º bispo). Em 1990, no episcopado de Dom Alberto, foi ampliada _ dois salões com sanitários foram construídos: um para reuniões e o outro dividido em sacristia e secretaria. Em 2006, foi reinaugurada por Dom Ricardo, após ampla reforma iniciada com Dom Alberto, incluindo restaurações de imagens sacras. Essa reforma contou com o apoio do governo do estado, cujo governador era o caetiteense, Dr. Paulo Souto.


Veja, abaixo, algumas fotos da Praça da Catedral - uma das praças mais bonitas do alto sertão baiano:










A Praça da Catedral foi totalmente remodelada no primeiro mandato de Dácio Oliveira (1989 - 1992). Arquiteto responsável: Amaury Públio de Castro Filho.




Duas fotos da Praça Coração de Maria que foi construída e inaugurada, no primeiro semestre de 2011, pelo prefeito atual, José Barreira. A capela tem o mesmo nome da praça e é mais uma das que foram edificadas no episcopado de Dom Alberto. Essa praça fica no Bairro Pedro Cruz.


Veja, abaixo, quatro fotos da Praça Dr. Clarismundo Pontes:







A Praça Dr. Clarismundo Pontes foi reformada e inaugurada, no segundo semestre de 2011, também, pelo prefeito José Barreira.

Dr. Clarismundo Pontes - era médico e político. Foi diretor da DIRES e do extinto IAPSEB. Exerceu dois mandatos como prefeito eleito: 1971-1972; e 1983-1988


Obs.: Na quarta foto, podemos ver uma clareira no morro afastado, e o cruzeiro _ outro local de rezas e penitências, na Semana Santa.


Veja alguns panoramas da cidade:




Fotos tiradas do morro, onde está localizado o novo hospital (UPA).




1ª foto: Tirada do mesmo local das fotos anteriores (foco para a direita).

2ª foto: Vista do Bairro São Vicente.




Outras fotos tiradas do Bairro São Vicente.


A seguir, resumo dos episcopados da Diocese de Caetité:




1º Bispo _ Dom Manoel Raymundo de Mello era sergipano e tomou posse em Caetité, no ano de 1915. Ele reformou a Igreja Matriz e construiu o Colégio das Freiras, que tinha como objetivo principal, a educação feminina com internato e externato. Adquiriu para a diocese, um terreno na Rua Barão de Caetité, para futuro seminário, outro em frente ao Colégio das Freiras, e uma fazenda perto da cidade, a que deu o nome de “Flor da Índia”. Além disso, foi um grande incentivador do plantio de mangueiras pela cidade. Excomungou o jornal “A Penna”, porque a família Gumes professava a doutrina espírita. Isso gerou protestos até dos católicos. O bispo perdeu muito prestígio e acabou renunciando, em 1925.

2º Bispo _ Dom Juvêncio de Brito também era sergipano, e foi nomeado Bispo de Caetité, em 1927. Um ano antes de sua posse, a Escola Normal havia sido reaberta. Nessa época, surgiram os primeiros automóveis no sertão. Dom Juvêncio viajava muito, em visitas pastorais pela diocese. Por isso, passava pouco tempo na sede. Construiu a catedral com recursos da diocese e ajuda dos paroquianos da cidade. Foi necessário, também, vender a fazenda “Flor da Índia” para o término das obras. Manteve no Paço Episcopal, alguns seminaristas que se ordenaram, dentre os quais, Osvaldo Pereira Magalhães, conhecido, hoje, como Monsenhor Osvaldo Magalhães. Patrocinou a instalação do Colégio Santíssimo Sacramento, de freiras, que funcionou como internato para moças que vinham estudar na Escola Normal, no período de 1930 a 1952. Ele promoveu o I Congresso Eucarístico, em 1945, que foi muito importante para aquela época. Todavia, em 1946, foi transferido para Garanhuns, Pernambuco.




3º Bispo _ Dom José Terceiro de Souza era cearense e tomou posse em Caetité, no ano de 1948, com apenas 38 anos de idade. Era humilde e muito simpático. Sua residência deixou de ser um severo Paço Episcopal para ser uma casa aberta a todos. Trouxe alguns padres do Ceará, mas, essa iniciativa não deu certo. Viajava muito, contudo, passava a maior parte do tempo, na sede. Ele mesmo dirigia e fazia a manutenção mecânica do seu Jeep. Instalou um serviço de alto-falante no palácio, através do qual fazia a reza do terço, tocava músicas e passava alguns recados ou informações. Construiu o seminário, na Rua Barão de Caetité, porém, não conseguiu colocá-lo em funcionamento. Reconstruiu, também, o Paço Episcopal, fazendo um prédio de dois pavimentos. Conseguiu ordenar alguns seminaristas que eram mantidos no palácio. Organizou a Semana Eucarística, celebrando o bicentenário da Freguesia de Caetité, em 1954, a que compareceram altas autoridades religiosas, dentre as quais, o Cardeal da Silva (arcebispo de Salvador), que compôs o belo hino da padroeira Senhora Santana. (Em Salvador, existe uma avenida com o nome de Cardeal da Silva). Dom José Terceiro foi transferido, em 1955, como Bispo Auxiliar de Salvador, todavia, ficou poucos anos. Em seguida (1957), foi nomeado para Penedo, Alagoas, onde, também, passou pouco tempo. Resignou-se e foi viver com seus familiares, em Fortaleza.

4º Bispo _ Dom José Pedro Costa era mineiro, foi nomeado Bispo de Caetité e tomou posse em 1957. Era muito culto, orador eloquente, porém, humilde, simpático, e tinha como trunfo, sua amizade com o presidente Juscelino Kubitschek. Inaugurou o seminário da Rua Barão de Caetité; ampliou o Colégio das Freiras; construiu o Círculo Operário e dez casas populares, na Avenida Santana. Construiu, ainda, o prédio vizinho ao Palácio do Bispo, para funcionamento do Banco do Brasil. Posteriormente, serviria para o BANEB (Banco do Estado da Bahia); hoje, funciona uma clínica. Adquiriu um grande terreno, onde construiu o novo seminário, o Cine Teatro Pax (hoje, Rádio Educadora Santana de Caetité) e uma casa de residência para padres ou freiras. Esse novo seminário é conhecido como CTL (Centro de Treinamento de Líderes) e serve de moradia para seminaristas, retiro de padres e Escola de Teologia para Leigos. Inaugurou, também, o Hospital Regional de Caetité, em 1962, graças a seus esforços, que conseguira convênios com a CODEVASF e com o FUNRURAL. Em 1967, edificou a Maternidade Santana, anexa ao hospital; nesse mesmo ano, conseguiu, também, a divisão da diocese, que era muito extensa, dando origem à Diocese de Livramento do Brumado. Em 1969, Dom José Pedro Costa foi removido para a Arquidiocese de Uberaba, Minas Gerais, como Arcebispo.




5º Bispo _ Dom Silvério Jarbas Paulo de Albuquerque era pernambucano e tomou posse em 1970. Não se adaptou ao clima frio de Caetité; por isso, seu episcopado foi breve. Todavia, teve tempo para conseguir verbas na Alemanha e regularizar as leis trabalhistas do Hospital Regional e Maternidade junto ao INPS (atual INSS). Além disso, transformou o novo seminário em CTL; trouxe três religiosas para o Hospital e para a catequese; e, ainda, um frade para a catequese e trabalho apostólico. Em 1972, foi transferido para Feira de Santana, Bahia, e continuou como Administrador Apostólico da Diocese de Caetité, nos anos de 1973 e 1974. É bispo emérito de Feira de Santana.

6º Bispo _ Dom Eliseu Maria Gomes de Oliveira nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 1920. Foi designado para a Diocese de Caetité, onde tomou posse em 1974. Seus esforços concentraram-se na criação de uma faculdade e de uma estação de rádio. Ele não as viu funcionando, mas, foi graças ao seu trabalho que elas surgiram. Criou as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), para a conscientização religiosa e social do povo ruralista, e expansão do catolicismo.Recebeu verba da Holanda e iniciou a construção do Shopping Center Caiçara, na Avenida Santana. Foi removido para Itabuna, em 1980, onde ficou por pouco tempo e resignou-se.




7º Bispo _ Dom Antônio Alberto Guimarães Rezende nasceu em Uberaba, MG, e tomou posse como Bispo de Caetité, em 1982. É inteligente, culto e humilde; possui um bom timbre de voz e um grande carisma. As principais ações do seu episcopado foram:
_ conclusão do prédio do Shopping Center Caiçara;
­_ elevação da potência da Rádio Educadora Santana de Caetité;
_ construção de uma lavanderia comunitária;
_ reforma da Catedral, acrescentando a sacristia, a secretaria e o salão de reuniões;
_ fez várias capelas;
_ criou a OVM (Obra das Vocações e Ministérios);
_ surgiu, também, o CPD (Conselho Pastoral Diocesano);
_ ordenou 13 novos padres diocesanos;
_ houve surgimento de vários grupos, movimentos e pastorais;
_ foi realizado o I Congresso Catequético Diocesano (1988);
_ aconteceu a 1ª Semana Social Diocesana (1998);
_ foi comemorado o Jubileu do ano 2000 com várias atividades;
_ foi criada a Escola de Teologia para Leigos (2001);
_ incentivou as Missões Populares com leigos e leigas de todas as paróquias;
_ criou, ainda, o programa “Bom Dia, Pastor”, na Rádio Educadora Santana de Caetité.
Dom Alberto renunciou ao episcopado, em novembro de 2002. Mora em Uberaba, mas, sempre retorna à Caetité. Como bispo emérito desta cidade, construiu uma capela, ao lado de sua residência.

8º Bispo _ Dom Ricardo Guerrino Brusati é italiano e exercia o sacerdócio, há vinte anos, na Diocese de Paulo Afonso, Bahia. Sua ordenação e posse aconteceram no dia 8 de fevereiro de 2003, na Praça da Catedral, em Caetité. É inteligente, simpático, cordial, anda sempre sorrindo, fala baixo, porém, é um pouco rígido (quer tudo certinho) e controla as coisas supérfluas.
Dom Ricardo procura organizar, administrativamente, a diocese. Fez alterações na Casa do Bispo, para funcionar a Cúria Diocesana; recuperou alguns imóveis; ampliou o CTL (Centro de Treinamento de Líderes); e promoveu uma grande reforma no CEP (Centro Educacional Promocional), onde era o Seminário São José, na Rua Barão de Caetité. Além disso, reinaugurou a Catedral, em 2006, após ampla reforma iniciada no episcopado de Dom Alberto, incluindo restaurações de imagens sacras. Essa reforma contou com o apoio do governo estadual, cujo governador era o caetiteense, Dr. Paulo Souto. Dom Ricardo mantém uma casa, em Belo Horizonte, com seminaristas de Filosofia e Teologia. Nesses oito anos de episcopado, foram ordenados 13 novos padres diocesanos. É um bispo que viaja muito (já visitou todas as paróquias da diocese); por isso, quase não fica na sede. Os momentos mais significativos do seu episcopado, até agora, foram:
_ celebração dos 90 anos da diocese (2003);
_ II Semana Social Diocesana (2004);
_ I Jornada Eucarística Diocesana (2005);
_ 20 Anos da Pastoral da Criança, na diocese (2007);
_ II Congresso Catequético Diocesano (2009);
_ Dia Nacional da Juventude (2010);
Há um projeto em andamento, incentivando todas as paróquias a entrarem no mutirão evangelizador, como preparação para a celebração do centenário da diocese, que ocorrerá em 2013.

                

 

1ª foto: D.Homero      2ª foto: D. Alberto e D. Homero

Dom Homero Leite Meira – é natural de Brumado, Bahia, e bispo emérito de Irecê; porém, reside em Caetité, há muitos anos. Era vigário desta diocese, no episcopado de Dom Eliseu, quando foi nomeado 1º Bispo de Itabuna – Ba, em 1978. Ficou pouco tempo, depois, foi removido para outra diocese nova, a de Irecê – Ba, onde permaneceu por três anos apenas. Renunciou em 1984 e veio morar em Caetité. Voltou a integrar o clero, sem obrigações, mas, simplesmente, por vontade própria. É um grande orador e, até pouco tempo atrás, era muito requisitado para pregações e solenidades, não só na sede, como em várias paróquias da diocese.
Dom Homero segue a linha conservadora da igreja católica, todavia, cultiva e propaga o culto da Oração Carismática. Construiu, com pequena ajuda dos paroquianos, um grande salão para essas reuniões. Construiu, também, um albergue para passantes carentes, numa posse da ASC (Associação das Senhoras de Caridade). Mandou fazer, ainda, uma capela dedicada a São Francisco, na rodovia Caetité-Guanambi. Hoje, com a saúde bastante debilitada, celebra apenas na capela anexa à sua residência, ou, na capela do Abrigo.
Obs.: Caetité é uma cidade privilegiada, porque possui três bispos, em determinados períodos do ano: o titular diocesano, Dom Ricardo; o bispo emérito de Caetité, Dom Alberto; e o bispo residente, Dom Homero.


Veja, abaixo, um poema do tanque-novense Teotônio Marques Filho (Tunico), que reside há mais de quarenta anos em Belo Horizonte - MG. Foi escrito em 2005, e dedicado ao cinquentenário sacerdotal de D. Homero.



Confissões reveladas


Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós,
mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas”.
(Cora Coralina)




Primeiramente, a história da velhinha preta,
para quem céu ou inferno com Deus era sempre a mesma coisa: o céu!
Imagino Santa Velhinha Preta entrando no céu:
-
Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão e com intimidade:
- Pode entrar, Pretinha, você não precisa pedir licença...
É, caríssimo padre Homero,
Sim - padre - porque foi esse o dom que Deus lhe deu
e o que ficou, na minha memória, do doce lá de outrora:
dos tempos idos e jazidos que ficaram como jazidas.
Por que, reverendo padre e reitor emérito,
a lacuna, em seu livrinho, do velho Seminário São José?
Tantas confissões ternas e saudosas a revelar:
O menino tímido e assustado de Tanque Novo,
que ficava vermelho de medo quando lhe chamavam a atenção
(talvez por isso tenha se tomado bom aluno
nas matérias programadas e nas missas em latim:
o único calouro que, em quinze dias, já sabia ajudar a missa em latim
conforme falou o senhor, em público, aos seminaristas reunidos).
(Timidez, garra, determinação, vaidade?
''Vanitas vanitatum et omnia vanitas!"
Além da centelha divina - que sublima e ilumina -,
quem não tem a condição rastejante da sórdida lama do pecado?
Talvez somente as anônimas velhinhas pretas da quase inacessível Serra da Tromba...)
Memórias de suas aulas de Latim
e do velho compêndio do padre João Ravlzza, com suas 560 páginas:
"Dic, duc, fac, fer", pág. 106, 104, "1". "Mirum somnium somniavi", pág. 219, nº 251.
(Achava bonito o senhor falar número, página e até rodapé...
Depois, como professor, adquiri a mesma mania pela vida afora).



E a terceira declinação,
que, segundo dizem, fez Santo Agostinho desistir, de tão complexa que era?...
Eu não: fui em frente triunfante para a quarta e para a quinta,
embalado pelos seus ensinamentos de insigne mestre...
(ln diebus illis
, nihil obstat et nihil "busilis" erat).
Memória do partido de Latim entre o terceiro e quarto anos,
em que nós
- do terceiro - ganhamos;
e, depois, demos um "baile" no futebol, num dia em que eu estava endiabrado de Deus...
Fui o único a acertar uma pergunta e fiz três gols na partida!
Tanta gente a evocar do velho seminário da Rua Barão, em Caetité...
Os padres com suas batinas pretas (padre Ademar, padre Raimundo dos Anjos,
padre Roque, monsenhor Oswaldo
, o bispo Dom José Pedro Costa...);
os colegas de seminário, o primo "Pai Véio", o Benedito - seu fiel escudeiro...
Todos seguiram o seu caminho ou repousam no "assento etéreo" de que fala o poeta.
A maioria como eu (hoje na casa dos 60), com as marcas do tempo:
as rugas que sulcam caminhos para os que vêm depois;
as cãs com seus níveos fios, tecendo a vida...
Muito fica, reverendo padre, quando se chega a 50 anos de sacerdócio,
o dom sagrado dos que são chamados por Cristo para a sua obra:
fica a
"sabedoria de experiência feita" na serenidade da missão cumprida;
fica a placidez de caudalosas águas, que se entranham no sorriso de quem venceu;
fica a arte de envelhecer com grandeza
, sem nunca envilecer!
Padre Homero... Não o de homéricos feitos e dons retóricos,
que se vão
como bolhas fugazes;
mas o padre de convicção firme e de inabalável fé,
que salva almas, esperanças dá.
Continue a navegar, reverendo barqueiro, sulcando caminhos, salvando almas...
Nas caudalosas águas do rio da vida, agora
o que conta,
(mais do que o ócio da terceira idade e o rio de Contas)
é a busca serena da terceira margem do rio...


(Para o padre Homero, hoje emérito bispo Dom Homero, ao completar 50 anos de sacerdócio em 08/12/2005.
Homenagem que lhe presta, com carinho e gratidão, um de seus pupilos de seminário nos idos de 1962-1965)

Teotônio Marques Filho





Dom Alberto Rezende (Acróstico)
Aparecido Carneiro Pereira

Dádiva divina em nossa igreja;

Oráculo da verdade e da fé;

Mediador da paz que a gente almeja;



Alma generosa, cheia de amor e bondade;

Luz que evangeliza e cativa católicos de Caetité;

Bom combatente pela justiça e pelo social;

Enérgico até nos entraves da vida;

Reconciliador dos nossos pecados e de todo mal;

Tolerante com aqueles que caem, ao tentarem a subida.

Obrigado por tudo. Você é genial!



Rezemos neste cinqüentenário de sacerdócio,

Esquecendo nosso comodismo em ócio;

Zelando pelo amor ao próximo, que ele frisa;

Experimentando crescer na fé, que tanto avisa;

Não deixando de seus conselhos seguir.

Deus sempre envia apóstolos e reprisa:

  Este é o meu filho amado; a ele ouvi.

Obs.: O acróstico, acima, faz parte do livro "Revelações" (autores variados) contendo mensagens e poesias dedicadas a Dom Alberto, quando o mesmo completou cinquenta anos de sacerdócio, em 2003.


Veja, abaixo, uma poesia de Dom Alberto, que foi extraída do livro "Broto" da Academia Caetiteense de Letras - 2005:



Adeus, Caetité!
Antônio Alberto Guimarães Rezende
Pequenina e nobre Caetité,
A cidade poética da Bahia.
De gente culta, festiva e de fé,
Repleta de beleza e galhardia.

Protegida por ondulados montes,
Com o frescor das fontes cristalinas,
Vales, bosques aquém dos horizontes,
Além, as belas e verdes Campinas.

O berço de grandes educadores:
Anísio Teixeira e Dona Helena
E dos reconhecidos escritores,
Do altivo criador do Jornal A Penna.

Senhora Santana, sua padroeira,
Que sempre implora a Deus pela cidade,
Abençoando o povo, a vida inteira,
Com doçura e carinhosa bondade.

Nela ecoam vibrantes oradores,
O político, em tempo de eleições.
Nos domingos e festas, os pastores,
Mostrando vantagens e orações.

Solo religioso e episcopal,
Com bispos cultos, homens de visão,
Que ativam o progresso temporal,
Mas, dando ênfase à eterna salvação.

Onde plantei paz, amor e luz,
Dei justo valor á comunidade,
Tendo como base o Senhor Jesus
E a Virgem Mãe, a fiel lealdade.

Parto levando, no meu coração,
Suaves lembranças e muita saudade.
Retornarei, sim, para meu sertão,
E dormirei o sono da eternidade.

Adeus, minha Caetité, querida!
Terra banhada pelos meus suores.
Aqui passei parte de minha vida,
Desejando para ti bens maiores.


Abaixo, dois momentos especiais da família de Raquel Pereira com Dom Alberto:




Da esquerda para a direita:

1ª foto: Padre Aldo, Arlindo, Raquel e Dom Alberto.
(Bodas de Ouro do casal Arlindo e Raquel, em 1993).


2ª foto: Suzete, Dom Alberto e Aparecido.

(Homenagem a Dom Alberto _ Título de Cidadão Baiano, em maio de 2011).



Fontes Pesquisadas:

1) Caetité, Pequenina e Ilustre - Helena Lima Santos (2ª Edição - 1995)

2) Caetité, A Terra, A Cultura e Sua Gente - Bartolomeu de Jesus Mendes (1996)

3) Diocese de Caetité: Um Breve Histórico (Pe. Eutrópio Aécio de Carvalho Souza - 2011)

4) Espaço INB

5) Arquivo Público Municipal



Veja alguns links relacionados à Caetité (escolha e clique):

Neste blog:

_ Escola Normal

_ Algumas Fotos de Caetité e Alguns Padres

_ Colegas e Professores de Rachel/1932

_ Biografia

_ Eu Te Busquei Tantas Vezes, Jesus Cristo!


Na Wikipédia:












Clique nos links, abaixo, e veja alguns vídeos sobre Caetité:


Pesquisador e criador da página: Aparecido Carneiro Pereira


Clique, abaixo, em comentários:













8 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo blog. Uma iniciativa louvável resgatar e divulgar a história da cidade e da família.
Agora estou com muita vontade de conhecer Caetité; sem dúvida um lugar especial.

Tunico disse...

Fantástica a pesquisa realizada pelo Cido sobre Caetité. Um trabalho documental sério de fotos e textos sobre a cidade, que, certamente, enriquece mais ainda o acervo sobre a terra de Anísio Teixeira e servirá de referência a estudiosos e pesquisadores.
Eu, que estudei em Caetité nos anos 1960, fiquei emocionado com a matéria, que me trouxe gratas recordações.
Cumprimento o Cido pela dedicação, competência e talento. Com certeza, a tia Raquel tem mais um grande motivo para estar orgulhosa desse seu abnegado filho.
Grande abraço.
Teotônio/Tunico

Filhos e netos de Raquel Pereira disse...

Alguns comentários enviados por e-mails ou postados no Facebook:


1) Romílton Ferreira:

Aparecido,
Fiquei maravilhado com o link contendo tão grandioso resgate das coisas lindas de nossa querida Caetité.
Obrigado e parabéns!
Abraço, Romilton.

2) Jerusa Novato:

Nossa!!!!!!! Meu rei, que coisas lindas! Que material excelente!
Obrigada, obrigada, obrigada!!!!!!!!!
Ainda vou degluti-lo, bem devagarinho, saborear as informações, vivenciar as fotos antigas mais do que as novas!
Obrigada por eu ter sido privilegiada em receber este material!!!!!!!!!!!

3) Eloísa Carneiro:

Este blog, com inúmeras fotografias e legendas históricas, talvez, seja único na região, com tais características. Foi criado, simplesmente, para amenizar a dor da separação de nossa mãe, mulher culta ao extremo, que, em momento algum, cedeu aos caprichos do meio onde viveu.
Hoje, através de Aparecido, o blog tornou-se uma verdadeira fonte de pesquisa. Usando as palavras de Tunico, Raquel Pereira está orgulhosa deste abnegado filho.

4) Padre Alex:

Aparecido,
Muito bom o documentário... Parabéns!

5) Zélia Marques:

Muito interessante!
Abraços, Zélia.

6) Iamara Junqueira:

Dr.:
Adorei, vou repassar.

No Facebook:

Lúcia Silveira: Gostei e compartilhei.

Leda Soares: Achei maravilhoso. Parabéns!

Deborah Castro: Maravilhoso! É um verdadeiro tesouro. Valeu!

Ana Zoraide Batista Marques: Parabéns!

Filhos e netos de Raquel Pereira disse...

Tony Show escreveu, através de e-mail:

Amigo, Aparecido, saudações!

Primeiro agradeço, e, em seguida, parabenizo pelo teor do material postado!
A biografia de sua genitora é matéria que deveria fazer parte como documentário e fonte de pesquisa para todos os estudantes, especialmente, os acadêmicos, visto enriquecer, fortemente, as páginas da nossa história. No mais, os dados coletados em fotos e textos sobre a história local, até nossos dias, consagram toda vossa coletânea. Já passou a ser ferramenta de arquivo, a ser sempre consultada por esse aprendiz de repórter.
Abraços a você, esposa e demais familiares.

ADILTON disse...

Observando fotos da minha terra natal
fiquei muito alegre e emocionada;também cheia de saudades.Há exatamente onze anos que eu não volto nesta terra que só tem progredido,embora o progresso vem trazendo várias consequências com a exploração do urânio.

Filhos e netos de Raquel Pereira disse...

José William Vieira, por e-mail:

Olá Aparecido,
Eu fui colega de Arlindo Carneiro e trabalhei com ele em Caetité. Obrigado por enviar o site. Você está de parabéns, não somente pela qualidade do trabalho, pela forma apresentada e pela riqueza de informação. Esse trabalho deixa claro sua afeição pela cidade ao disponibilizar o seu tempo na construção deste documentário que, sem sombra de dúvida, é mais uma fonte de pesquisa, mais um legado para a cidade.

Francisco Bernardo Ohlsen disse...

Fiquei satisfeito em encotrar dados e fotos do observatório fundado por meu avô Bernardo Ohlsen.
Gostaria de mais informações.
Atenciosamente.
Francisco Bernardo Ohlsen

Filhos e netos de Raquel Pereira disse...

Outros comentários vindos através do Facebook:

Ana Zoraide Batista Marques:
Primo, esse link ficou maravilhoso. Sua iniciativa não só resgata a história da nossa querida Caetité, como faz recordar os meus tempos de estudos. Cidade da cultura! Tenho orgulho dela e dos mestres com quem muito aprendi. Espetacular o acervo! Ratifico os meus parabéns!

Leda Soares:
Muito bom esse documentário. É um resgate da nossa história. Parabéns!