21 de dez. de 2008
MENSAGENS DE PARENTES E AMIGOS
A SENHORA FOI UM EXEMPLO DE
PESSOA. EM SUA VIDA, CULTIVOU
AMIGOS E FEZ-SE , TAMBÉM , AMIGA...
A SENHORA SOUBE VIVER BEM, SORRIU MUITAS VEZES E NOS FEZ
SORRIR...
A SENHORA FOI E CONTINUARÁ
SENDO IMPORTANTE PARA NÓS.
JAMAIS IREMOS ESQUECÊ-LA.
SAUDADES ETERNAS DE SEU FILHO CARNEIRO, SUA NORA
ANA, SEUS NETOS NEY,
TELMA, LUANA, MARILENE,
JURANDIR, E DO SEU
BISNETO LUCCA.
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“ ENTENDER A VONTADE DE DEUS PARA NÓS , NEM SEMPRE É FÁCIL. MAS, CRER QUE ELE ESTÁ NO COMANDO, E QUE TEM UM PLANO PRA NOSSA VIDA, FAZ A CAMINHADA VALER A PENA”.
FICAMOS MUITO TRISTES COM O FALECIMENTO DA NOSSA
QUERIDA DINDINHA ( MADRINHA RAQUEL).
MAS, SOMOS FELIZES POR TER CONHECIDO E CONVIVIDO
COM ELA: A MAIS DOCE E PURA CRIATURA,
DEDICADA E PROTETORA, SEMPRE PREOCUPADA COM
TODOS.
POR ISSO, LHE DESEJAMOS DE TODO CORAÇÃO, QUE
DESCANSE EM PAZ, DINDINHA. A SENHORA MERECE O
REPOUSO, ASSIM COMO MERECE O AMOR DOS ANJOS, O
NOSSO AMOR, A NOSSA HOMENAGEM E A NOSSA SAUDADE.
DO SEU FILHO JUSTINIANO E FAMÍLIA.
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Querida Mestra,
Motivos e mais motivos só temos para lhe agradecer pelos seus ensinamentos, pelos seus bons exemplos e pelos seus atos generosos que tanto contribuíram para a formação do nosso povo.
Que a recompensa da sua incansável luta seja o descanso da sua alma na mansão celestial.
Pedimos a Deus que conforte os filhos e demais familiares neste momento de profunda dor.
Juvêncio Carneiro Neto e família.
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A Senhora Raquel, na sua existência, aqui na terra, por onde passou, soube semear muitas virtudes: a sua bondade, paciência, dedicação, bons exemplos, sua honestidade e, sobretudo, sua humildade, transformaram-na em um ser humano inesquecível. Um exemplo de vida para aqueles que tiveram o privilégio de conviver ao seu lado e ouvir suas sábias lições e ensinamentos.
Nós, da família de Pompílio Pimenta, seu compadre, desejamos que descanse em paz, e que Deus dê o conforto ao coração de cada um dos seus familiares e amigos.
Saudades eternas de Pompílio e família
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Cido e família:
Perdemos hoje uma das pessoas mais ilustres da nossa terra. Pioneira da educação, da simplicidade, da simpatia, da cordialidade, do rompimento de barreiras preconceituosas, enfim um grande exemplo de ser humano correto e digno a ser seguido por todos nós.
Orgulhamo-nos de ser contemporâneos da sua mãe: querida professora Raquel Pereira Carneiro.
Saudades sim; tristeza não!
Abraços do amigo José Tadeu Bonfim Carneiro e família.
Caetité, 24 de novembro de 2008
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“Na vida, há momentos em que sorrimos e compartilhamos alegrias; momentos em que choramos, e tudo nos parece triste; momentos difíceis que não somos capazes de compreender. Que as boas lembranças superem a tristeza e as dificuldades deste momento”.
Raquel: “Muitos são chamados e poucos, os escolhidos”. Esperamos que você seja um desses escolhidos.
Rogamos a Deus que ilumine e proteja o seu descanso eterno!
Aos filhos e filhas, genro, noras, netos e bisnetos, que Deus, juntamente com a Corte Celestial, ilumine e conforte o caminho de todos vocês!
São os votos de Ana Batista Marques e filhos.
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Primos:
Que esta mensagem encontrem vocês mais conformados...
É com grande pesar que escrevemos para vocês pois a distância nos impede a presença para uma visita.
Infelizmente, perdemos mais um ente querido, Tia Raquel tão querida e admirada por todos, posso afirmar que dentre todas essas pessoas da nossa Tanque Novo, os meus pais a admiravam e a respeitavam muito pela pessoa que era muito querida.
Fiquem em paz e que Deus os console, pois conforme o tempo passa, necessitamos desta força, porque a saudade aumenta cada vez mais.
“A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina.”
Um grande abraço,
Ana Zoraide Marques e família
São Paulo, dezembro de 2008.
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Aos familiares de Dona Raquel Pereira Carneiro:
Nossos sentimentos pela perda da vossa mãe. Uma pessoa querida e muito respeitada por tudo que representou para a comunidade de Tanque Novo. Pensamos que ela deixou um legado de conhecimento incomparável e, principalmente, exemplo de humildade. Que as novas gerações inspirem-se no seu exemplo.
Que Deus os ilumine para suportarem a falta e a sua ausência.
Ana Magalhães Lessa e filhos.
Guarulhos-SP, 26/11/2008.
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À família de Dona Raquel:
Nossos sentimentos por uma grande e irreparável perda desta ilustre mulher que foi para essa cidade o símbolo da educação, criando raízes e deixando um exemplo de família.
Abraços carinhosos de:
Aparecida C. Magalhães, filhos, noras e netos.
Caetité, 26/11/2008
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Aparecido,
Fiquei muito tocada com a notícia do falecimento de sua mãe! Aceite os meus sinceros sentimentos! Uma perda é sempre uma perda e a idade avançada só nos deixa mais saudades, pois o convívio foi mais longo, e o vínculo é mais intenso.
A minha mãe está com quase 98 anos, e eu agradeço a Deus todos os dias pela sua presença entre nós, e ainda achamos que não é tempo dela partir! Mas, é o nosso caminho e nos restam as lembranças dos bons momentos aqui vividos.
Vou rezar por vocês e por ela.
Abraços,
Maria da Conceição Oliveira
Caetité, 25 de novembro de 2008
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RAQUEL PEREIRA
DAI-LHE SENHOR, EM FELICIDADE NO
CÉU, O QUE RAQUEL PEREIRA NOS DEU
EM CARINHO E DEDICAÇÃO NA TERRA.
MULHER HONESTA,TRABALHADORA, FIEL E EDUCADORA. DESCANSE EM PAZ!
SAUDADES ETERNAS DA SUA COMADRE CELINA ALVES CARNEIRO,
SEU AFILHADO
FLORISVALDO ALVES CARNEIRO E FAMÍLIA.
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Lia e familiares:
A travessia de Dona Raquel deixou um brilho de estrela em nossos corações, como exemplo de vida, mãe, educadora, dignidade, amor, dedicação e cidadania.
Que essa missão cumprida seja recompensada na glória celestial. E que Deus a tenha em seus braços.
Meus sentimentos. Saudades!
Meu abraço fraternal a todos.
Edilce Rosa da Silva
São Paulo, 02/12/2008.
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Tanque Novo, hoje, amanheceu triste.
Perdemos uma grande pessoa, a professora pioneira da nossa querida Tanque Novo – a professora Raquel Pereira.
Querida Dona Raquel, mulher de caráter, de valor incalculável, com toda simplicidade, teve sua vida pautada no respeito, na honestidade, no trabalho e na dignidade.
Descanse em paz, Dona Raquel!
Saudades eternas de Elson Neves de Oliveira e família.
Tanque Novo, 24 de novembro de 2008
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Ao Dr. Aparecido Carneiro e toda a família enlutada:
“Sabemos que palavras não são suficientes para consolar a perda de alguém querido, mas, talvez esta mensagem lhes ofereça um pouco de conforto, ao saberem que outras pessoas estão com vocês neste momento tão triste”.
Contem comigo!
Abraços solidários da amiga Idalina Vieira Cardoso.
Caetité, 24 de novembro de 2008.
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QUERIDA TIA RAQUEL,
PROFESSORA EXEMPLAR,
MÃE CARINHOSA,
AMIGA FIEL.
FOI UMA GRANDE ESPOSA E COMPANHEIRA.
MINHA PRIMEIRA PROFESSORA,
NUNCA ESQUECEREI. TIA, IREI
TE AMAR PARA SEMPRE!
TIA RAQUEL, FIGURA
IMPORTANTE QUE HOJE E
SEMPRE FARÁ PARTE DA
HISTÓRIA DE TANQUE NOVO.
SAUDADES ETERNAS DE JOSÉ CARLOS MARQUES E FAMÍLIA.
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COMADRE RAQUEL,
MINHA PRIMEIRA PROFESSORA,
MINHA COMADRE DE GRANDE
ESTIMA, MINHA VIZINHA AMIGA.
VOCÊ PARTIU DEIXANDO
SAUDADES. SUA MORTE NOS
ENTRISTECEU, MAS , SUA VIDA E SEU
EXEMPLO SUAVIZAM NOSSA DOR.
DESCANSE EM PAZ!
SAUDADES ETERNAS DE SEUS
GRANDES AMIGOS E VIZINHOS: JOSÉ
CARNEIRO SOBRINHO( DECA),
JOSEFINA (ZI) E TODOS SEUS
FAMILIARES.
Tanque Novo, 24 de novembro de 2008
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Dona Raquel:
Pessoas queridas são para toda vida. A senhora foi muito especial para todos nós.
Saudades eternas dos amigos Lia e Wagner.
Caetité, 24 de novembro de 2008.
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Cido:
Nossos sentimentos. Gostávamos muito dela. Que Deus lhe dê um bom lugar no céu.
Nesta hora, já está junto com João, Neném e Conceição, dos quais eu tenho muitas saudades. Lembro de Geraldo todos os dias, pois aqui no meu prédio tem um funcionário que é a cópia fiel dele. Dê um forte abraço em todos.
Aqui tudo está na santa paz. E para vocês muito consolo, porque perder uma mãe é um pedaço da gente que vai junto.
Beijos!
Zezé Miranda
Salvador, 25 de novembro de 2008
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Para demonstrar um enorme carinho que temos por madrinha Raquel, com certeza ela se encontra num lugar bem melhor do que o nosso.
São os sentimentos de Dori, Anamaria e Ana Luísa.
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Maria de Dona Raquel, irmãos e familiares:
Eu, Manoel, Maria e Luís enviamos nossas condolências pelo falecimento de Dona Raquel. As suas tristezas são as nossas saudades.
Manoel Nunes (Manoel de Jacinto)
Guarulhos-SP, 24/11/2008.
BIOGRAFIA

Rachel Pereira de Andrade nasceu na Fazenda Pintada, de José Antônio Tanajura, vizinha da Fazenda Cajueiro de Policarpo Ribeiro, no dia 30 de janeiro de 1917, depois mudou-se para a Fazenda Vazante, de seu tio Ciro Pereira de Andrade, perto da vila Gentio, hoje Ceraíma, município de Guanambi-Bahia. Era filha de Renato Pereira de Andrade e Leonor Fagundes Cotrim. Seus avós paternos foram: Manoel Andrade (Rio Branco de Bom Jesus da Lapa) e Raquel Pereira (Guanambi); e seus avós maternos: Manoel Fagundes Cotrim (Caetité) e Serafina Pinheiro de Canguçu (Brumado).
Teve três irmãos: Maria da Conceição Pereira, João Pereira Sobrinho e Geraldo Pereira de Andrade.
Aos quatro anos de idade foi adotada pela sua tia Silvéria Maria de Jesus Fagundes, que era viúva, passando a morar em Caetité.
Na adolescência, conseguiu ingressar na Escola
Normal de Caetité, uma das melhores escolas da Bahia, naquela
época. E aí, surge a indagação: como Raquel, pobre e negra conseguira estudar
naquela renomada instituição de ensino?
Fazendo uma análise, realmente, negros e pobres enfrentavam
grandes dificuldades de acesso à antiga Escola Normal e ao sistema educacional
como um todo no Brasil, especialmente durante o período imperial e os primeiros
anos da República. O acesso à educação era desigual, com a parcela mais rica da
população tendo mais oportunidades, enquanto negros e pessoas pobres
enfrentavam barreiras como preconceito, leis discriminatórias e falta de
recursos. Exceções, apenas, para aqueles ou aquelas mais inteligentes.
Sua
tia Silvéria realizava vários trabalhos domésticos: lavava e passava roupa,
bordava, costurava, torrava café, fazia crivos, rendas, bolos e doces. Além
disso, era parteira e babá. Prestava esses serviços nas casas daqueles mais
abastados, recebendo sempre, uma gratificação financeira. E foi o Sr. Durval
Públio de Castro, político local, quem percebeu a inteligência de Raquel, que sempre acompanhava
sua tia, naqueles afazeres. Ele disse: “Essa menina é muito ativa. Ela precisa
estudar na Escola Normal”. E assim, aconteceu. No início, era sua madrinha
Maria Moreira da Silveira quem pagava tudo na escola, inclusive, a matrícula.
Depois, sua madrinha foi alertada pelo Sr. Batista Neves, sobre a existência de
uma associação denominada Caixa Escolar, que recebia verba pública para
auxiliar na manutenção e conservação da escola, além de apoiar os alunos de
parcos recursos. A partir daí, Raquel recebera ajuda dessa entidade. Porém, o
valor não era suficiente para aquisição de livros. Os alunos que não tinham condições de comprar livros, iam
estudar nas casas dos colegas ou na biblioteca da Escola. Esta segunda escolha
acabava ficando mais complicada, pois nem sempre havia livros suficientes para
todos os alunos. Contudo, a melhor solução para os mais carentes era tomar
apontamentos. Raquel costumava fazer isso. Mas, também contava com o coleguismo
de Agnalda Públio de Castro, filha do Sr. Durval, que não negava o empréstimo
de livros e sempre a convidava para ir estudar em sua casa.
É importante
ressaltar, que Raquel sofrera discriminação racial na Escola Normal. Ela pensou
em abandonar os estudos, mas foi aconselhada pela professora Celina Rodrigues
Lima a desistir daquela ideia. Essa professora era a secretária da Caixa
Escolar. Além dela, mais duas professoras compunham a equipe: Dulce da Silva
Araújo como tesoureira e Beatriz Rodrigues Lima Hoffmann (diretora da escola)
como presidente da associação.
Nessa fase estudantil, Raquel teve uma vida
religiosa muito participativa: integrou o coral da igreja matriz de Caetité e
atuou em dois grupos da religião católica: Apostolado do Coração de Jesus e o
segundo, Filhas de Maria.
Um ano
antes de se formar, nas férias de 1931, teve um estágio remunerado na
comunidade de Juazeiro, município de Caetité, durante dois meses, ficando
hospedada na residência do Senhor Antônio Tintino e Dona Teresa.
Formou-se no dia sete de dezembro de 1932, com
16 anos incompletos. Não participou das solenidades da formatura, porque não
tinha condições financeiras. Mas, foi escolhida pelos seus colegas, para que
fizesse o discurso de despedida da Escola Normal. (A família guarda com carinho
e zelo, o rascunho desse discurso).
Pouco
tempo depois, foi nomeada pelo Estado, para trabalhar em Tanque Novo, um
povoado que contava apenas 22 casas e uma capela.
Viajou em companhia de sua tia Silvéria e de
dois guarda-fios de Caetité: Sr. Estêvão Lopes e Sr. Heteriano, conhecido como
Neném Coqueiro. A viagem foi a cavalo e aconteceu no dia 22 de maio de 1933.
Chegando a Tanque Novo, teve uma bela recepção pelo Sr. Antônio Alves Carneiro
(tio Tõe) e outras famílias, ficando hospedada, nos primeiros dias, na casa do
Sr. Teotônio Marques da Silva. Foi bem tratada, inclusive, pelo professor leigo
(leigo no bom sentido, porque não tinha formatura), o Sr. José Marques Carneiro
(tio Cazuza) que por sinal era capacitado e muito inteligente.
A primeira sala de aula foi cedida pelo Sr.
Laudelino José da Silva (Dãozinho), conhecida como República dos Viajantes.
Logo de início, matriculou 30 alunos, na faixa
etária de 7 a 16 anos. Devido à sua pouca idade, na hora do recreio tinha
disposição para brincar com os meninos e com as meninas. Mas, quando
necessário, sabia agir com rigor, punindo e até colocando de castigo aqueles mais
rebeldes, demonstrando maturidade e coragem.
Com o passar do tempo, acumulava na mesma sala
de aula, alunos do 1º ao 5º ano primário. Era uma classe multisseriada. Além
das matérias básicas: Gramática, Aritmética, História, Geografia e Ciências,
ensinava também, artesanato e bordado.
Havia, nessa ocasião, visitas periódicas de
inspetores escolares, que chegavam de repente, sem qualquer aviso prévio, para
avaliação do ensino. Só que a professora não se preocupava, pois contava com
excelentes alunos, aptos para responderem a quaisquer perguntas.
Raquel Pereira costumava passar férias ou
feriados no povoado de Bonito (atual Igaporã), onde
residiam vários parentes. Numa dessas viagens, mais precisamente no dia 7 de
setembro de 1935, solicitou a seus primos Messias e Maria, um dos seus filhos
para ir morar com ela e sua tia Silvéria. Justiniano Pereira de Sousa, que
tinha apenas quatro anos de idade, foi quem se dispôs a ir morar com elas. No
início, chamava sua prima de “Tia Quezinha”. Depois passou a chamá-la de
Dindinha.
Justiniano foi criado e educado com muito amor
e carinho pela professora Raquel e sua tia Silvéria.
Alguns anos depois, em 1943, essa professora
se casou com ARLINDO ALVES CARNEIRO e o seu nome passou a ser RAQUEL PEREIRA
CARNEIRO. Entretanto, mais uma vez, teve que aturar o racismo. Alguns
familiares de Arlindo não aceitavam aquele casamento. Porém, tudo foi contornado
e aqueles que eram contra o matrimônio, mais tarde se tornaram amigos.
Arlindo Alves Carneiro nasceu em 31 de julho de
1915, e era filho de Joaquim Alves Carneiro (Coronel) e Maria Francisca de
Jesus Carneiro (Dona). Seus avós paternos eram: Juvêncio Alves Carneiro e
Arlinda Gomes; e seus avós maternos, Prudenciano Alves Carneiro e Gertrudes
Francisca de Jesus Marques. É bom destacar que seu avô paterno era irmão do seu
avô materno. Juvêncio Alves Carneiro e Prudenciano Alves Carneiro foram os
verdadeiros fundadores de Tanque Novo. Foram eles que compraram a fazenda
“Furados”, sendo povoada e transformada em vila, pertencente a Macaúbas, depois
distrito de Botuporã e, emancipada politicamente em 1985, permanecendo com o
nome de Tanque Novo. Seu avô materno (Prudenciano) foi quem construiu a
primeira capela, tendo como ajudante sua esposa Gertrudes. Esse casal, também,
doou o terreno para a construção da primeira praça; conhecida, hoje, como Praça
da Matriz.
Seu esposo Arlindo era agricultor e
comerciante (farmacêutico prático), mas, sempre arrumava algum tempo para lhe
dar uma “mãozinha” na escola, tomando a lição dos alunos de 1º ano. Essa
tarefa, às vezes, era delegada aos alunos mais adiantados.
Desse casamento nasceram oito filhos, estando
seis vivos: Maria, Raquelinda, Arlindo, Edílson, Aparecido e Eloísa. Dois
faleceram com poucos meses de vida: Zélia e Joaquim. Arlindo e Raquel conviveram por mais de
cinquenta anos, com direito à comemoração das bodas de ouro, em 1993. Ela ficou
viúva em 1995.
Além de ter sido professora, Raquel ministrava
catecismo, ensinava hinos religiosos à mocidade, e como membro atuante do
Apostolado do Sagrado Coração de Jesus, acabou sendo secretária do mesmo, cujo
presidente era o Sr. Arquimimo Alves Carneiro. Incentivava os festejos da
padroeira Coração de Maria, fazia flores artificiais, bordados e arranjos para
andores e arrumava as crianças como anjinhos para as procissões. Além disso,
apresentava peças teatrais (uma delas, a Cavalhada Mourama, cujo resumo foi extraído
de um livro, em parceria com o Sr. Moisés Marques). Orientava, também, suas
alunas, na coroação de Nossa Senhora. Foi ela, inclusive, quem trouxe o
primeiro cântico para a coroação da imagem da padroeira, conseguindo a cópia do
mesmo com suas primas de Bonito (Igaporã). Contribuía, assiduamente, com o
leilão da primeira noite de novena, em louvor ao Coração de Maria.
Sabia também, costurar roupas, bordar enxovais de noivas, tocar bandolim e realizar outros trabalhos domésticos.
Ë importante citar seu empreendedorismo: na
culinária, ensinou fazer vários tipos de bolos, pães caseiros, doces, cocadas e
pirulitos de mel (antes, eram só pirulitos de açúcar). Na arte, deu dicas de
costura, bordados, arranjos, enfeites, flores de papel crepom e de tecido.
Atuou ativamente, em prol dos primeiros progressos de Tanque Novo, como a
criação do Posto de Correios e da feira livre, reivindicações suas, contando
com a participação de outras pessoas, inclusive de seu marido Arlindo. Foi ele,
inclusive, quem escolheu o dia da semana para a realização da feira:
terça-feira, que vigora até hoje. Viu surgir, também, a primeira banda
filarmônica, criada pelo seu sobrinho e ex-aluno, Osvaldo Marques da Silva
(Vavá Marques), juntamente com outros sócios.
Foram 32 anos cansativos de magistério, porém,
com saldo bastante positivo; através de sua formação básica, muitos puderam
continuar seus estudos, tornando-se professores e doutores ou funcionários
públicos concursados. Nota-se, entretanto, que alguns não puderam prosseguir
estudando, mas, sobressaíram como comerciantes ou políticos, tendo apenas o
curso primário realizado com a professora Raquel.
Raquel Pereira era calma,
serena, educada, gentil e conselheira. Tinha noções de psicologia. E possuía
algum grau de mediunidade, também. Através de seus sonhos, acertou várias
premonições. E por meio de suas preces e orações, localizou muitos objetos perdidos
de terceiros.
Pelo seu vasto conhecimento nas matérias que
lecionava, pela sua teoria musical (sabia ler partitura); pelo seu entendimento
básico dos idiomas francês e latim; pelos seus palpites positivos na política e
na religião (quando chegou a Tanque Novo, percebeu que só os homens rezavam e
cantavam nas celebrações religiosas. As mulheres ficavam caladas, no fundo da
igreja. Ela pediu ao padre que houvesse, também, a participação feminina. E sua
sugestão foi acatada). Pelo seu empreendedorismo, pelo seu anseio e engajamento
por melhorias no vilarejo, pelo seu incentivo à arte, cultura e tradição,
podemos afirmar, sem sombra de dúvidas, que era uma pessoa intelectual.
Ela sempre foi grata aos professores e algumas pessoas de
Caetité, que colaboraram com sua educação e instrução. Citava sempre os nomes
de D. Manoel Raimundo de Melo (1º bispo de Caetité), Monsenhor Luís Bastos e
Dr. Edgar Pitangueira; os professores Alfredo José da Silva, Antônio Meireles,
Carmem Spínola Teixeira, Maria Constância Paranhos Cardoso, Dulce Silva Araújo,
Aloísio Short, Beatriz Rodrigues Lima, Maria Lobão Neves, Maria Celina
Rodrigues Lima, Helena Lima Santos e Belanisa Lima.
Outras pessoas influentes:
Durval Públio de Castro e dona Lia; Estevão
Lopes;
Heteriano Pereira de Castro (Neném Coqueiro) e
dona Maria Edna (Dina);
Maria Moreira da Silveira (sua madrinha);
Bernardo e dona Emma;
Júlia e sua filha Alzira Viana;
Antônia (Tonica), esposa do Sr. Otávio;
Maria Amélia, esposa do Sr. Virgilino;
Semíramis Azevedo, esposa do Sr. Manoel
Fagundes Azevedo, e sua filha Adélia;
Letícia, esposa do Sr. Cazuza;
José Elísio (mestre de música) marido de dona
Ciu;
Senhor Otto Koehne e dona Alice;
Senhor César Augusto de Castro e Ianie
Silveira; Sr. Francisco Batista Neves e a esposa dona Suzana, pais do Prof.
Ieron.
Quando o magistério é exercido com amor e dedicação, o
professor ou professora acaba guiando, formando e edificando a inteligência dos
indivíduos, sendo um pilar para a nação. Em reconhecimento ao seu esforço,
dedicação, carinho e sacrifício, várias homenagens foram prestadas a ela, em
vida: nome de prédio escolar, nome de rua, poesias e até uma valsa dedicada
pelo seu saudoso afilhado e ex-aluno, Lindouro Marques. Em 2003, os professores
de Tanque Novo lhe renderam graças, através de uma missa solene, presidida pelo
padre Edson, com direito à placa comemorativa, pela passagem dos setenta anos
de magistério, contando com a presença de alguns alunos da primeira matrícula.
E, no ano de 2005, no Dia do Professor, foi exibido um DVD sobre sua vida,
produzido pela Secretaria Municipal de Educação de Tanque Novo.
A professora Raquel Pereira Carneiro faleceu
no dia 24 de novembro de 2008, deixando uma grande lição de vida: humildade e
amor ao próximo. Além disso, seu legado é muito rico em educação e cultura.
A maior recompensa do Magistério não é o que
pagam por ele; mas aquilo em que ele transforma as pessoas.
20 de dez. de 2008
HOMENAGEM DO GRUPO ESCOLAR RAULINDO C. PIMENTA
“QUE OS NOSSOS SONHOS SEJAM FORTES , TÃO FORTES,QUE NOS RETARDEM A MORTE. QUE NOS FAÇAM ILESOS ÀS ENFERMIDADES E QUE NUNCA VENHAMOS A PERDER A SOBRIEDADE; QUE OS NOSSOS SONHOS SEJAM GRANDES, TÃO GRANDES, QUE PAREÇAM ROMPANTES. E A IMENSIDÃO DELES NOS ENVOLVA SEMPRE, LEVANDO-NOS CADAVEZ MAIS ADIANTE!
QUE OS NOSSOS SONHOS SEJAM BONS, TÃO BONS, QUE TODOS QUEIRAM IGUAIS. QUE POSSAMOS CORTÁ-LOS, DISTRIBUÍ-LOS SEM PERDER A SUA FORÇA ORIGINAL. QUE OS NOSSOS SONHOS SEJAM ETERNOS, SUAVES, DOCES, PASSIONAIS OU FRATERNOS. QUE JAMAIS FALTEM POR TODO O SEMPRE E QUE ESTEJAM NA MENTE SEMPRE PRESENTES! O ENCANTAMENTO SOBREVIVERÁ EM NÓS, PORQUE DOS SONHOS TIRAMQS O ENCANTO QUE A VIDA, SOZINHA, JAMAIS PODERÁ DAR.
SEJAMOS POIS, FELIZES E SONHADORES”!
O TEU TRABALHO FOI PERFEITO. MESMO DEPOIS DE TUA MORTE ELE PERMANECERÁ.
GRUPO ESCOLAR RAULINDO C. PIMENTA
HOMENAGEM DA ESCOLA MUNICIPAL TEOTÔNIO MARQUES
SAUDADE...
“Um dia todos nós iremos nos separar...
Sentiremos saudades de tudo, das conversas, das descobertas, dos sonhos,
dos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas de finais
de semana e de finais de ano. Enfim... do companheirismo vivido.
Em breve, cada um vai para seu lado, seja pelo destino, ou por algum
desentendimento, seguimos nossas vidas, até que este contato se torne cada
vez mais distante. E isso vai doer muito...A saudade vai apertar bem dentro
do peito. E entre lágrimas vamos dizer: que saudades”!
Descanse em paz, com a certeza de que sua vida e luta deixarão recordações inesquecíveis na memória daqueles que a conheceram, e tiveram o privilégio de sua companhia.
Sentiremos saudades.
HOMENAGEM DA ESCOLA MUNICIPAL TEOTÔNIO MARQUES.
Tanque Novo, 24 de novembro de 2008.
HOMENAGEM DO CEPAAC
E se não morre aquele que escreve um livro;
Com maior razão não deve morrer aquele que ensina, pois ele planta nas almas e escreve nos espíritos.”
(Berthold Brecht)
"Por essa razão, temos convicção de que permanecerá viva tanto em nossa memória quanto na história de Tanque Novo, pois semeou em nossas almas o saber através da sua dedicação em ensinar e incentivar os educadores que vieram depois da senhora."
Com pesar, despedimo-nos com esta singela homenagem à Pioneira da Educação, Raquel Pereira Carneiro.
Descanse em paz!
Centro Educacional Professora Alzira Alves Carneiro
CARTA EMOCIONANTE DE IVANILDA

O que posso dizer de uma pessoa como Dona Raquel?
Nesta hora, tudo o que for dito, não suprirá a nossa dor. O silêncio seria melhor. Mas, particularmente, ela foi, é e será o meu exemplo de vida. Mulher íntegra, dinâmica, que sempre procurou dar mais do que receber. Que a grandeza do homem é amar bem mais do que ser amado. Mulher tão pequena, tão frágil, e, ao mesmo tempo, tão forte e tão grande!
Dona Raquel, minha querida amiga, minha flor! A rosa que desabrochou no meu coração e que teve para comigo, uma boa palavra, um sorriso, um gesto de incentivo, um pensamento generoso. Que na sua grandeza de coração, fez tanto, sem esperar nada em troca. Por tudo isso, e muito mais, tanta saudade. Mãe amorosa, esposa extremosa, vovó adorável, amiga eterna.
Não fico triste por você, não, minha florzinha! Pois, sei que as flores têm sementes e florescem em outros jardins. Fico triste por mim mesma, que te perdi. Por não ter mais o teu sorriso, o teu olhar, mesmo cansado, mas sublime; o teu falar compassado e doce.
O meu maior pesar foi não ter atendido o teu pedido, para que eu estivesse presente, na tua partida... Queria estar ao teu lado, mas, como foste tão sábia, hás de entender a minha ausência. Meu coração está de luto, meus olhos choram. A minha dor é grande, porém, me consolo, pois, sei que no céu, todos os anjos estão felizes com a tua chegada.
É isso aí, Raquel Pereira! Continue a tua caminhada no céu, porque os anjos não morrem.
Rouxinol livre nos campos,
Amor-perfeito, cultivado em jardim.
Quero, por Deus, como quero,
Usar seus encantos pra mim.
Encanto de sublime beleza,
Luz do universo sem fim.
Saudades!
Ivanilda e familiares
19 de dez. de 2008
ÚLTIMA TURMA LECIONADA PELA PROFESSORA RAQUEL
Última turma lecionada pela Profa. Raquel - 19651ª fila:
1- Laurita Neves 2- Dulcinéia Queiroz 3- Clarice Neves 4- Ana Bela Carneiro
5- Berlamina Queiroz 6- Gilda Cardoso 7- Edílson Santana Carneiro
2ª fila:
1- Deolinda Araújo Batista 2- Délia Afonso Carneiro 3- Mariluce Pereira de Souza
4- Marilene Pereira de Souza 5- Ana Luzinete Batista Marques 6- Maria de Lurdes Carneiro
7- Dilva Batista 8- Maria de Lurdes Sá Teles 9- Alice Maria de Souza 10- Maria de Lurdes Silva
11- Elizabete Bonfim 12- Maria de Lurdes Malheiro Professora Raquel Pereira com seu filho Aparecido Carneiro Pereira 13- Edvaldo Brandão 14- Ari Carneiro Batista
15- Ademar Ferreira Carneiro 16- Edmundo Bonfim 17- Celso Luiz Carneiro
QUADRO DE FORMATURA / 1932
15 de dez. de 2008
HOMENAGEM DO GRUPO ESCOLAR RAQUEL PEREIRA

Você que teve a sua trajetória de vida marcada pelo espírito de luta, determinação, bondade, sabedoria, nos guiou na procura de um dos maiores tesouros da humanidade _ a Educação. O seu pioneirismo nos servirá de exemplo e orgulho para a história de Tanque Novo. E especialmente a nós, professores e funcionários do Grupo Escolar Raquel Pereira, temos a honra de levar o seu nome e mais ainda, poder transmitir aos nossos alunos quem foi Raquel Pereira.
Impossível encontrar alguém nesta comunidade que não saiba quem foi Dona Raquel. Mulher guerreira, culta, preocupada com todos e com tudo, atenciosa, muito bem educada, trabalhadora, honesta, justa, incapaz de fazer mal a alguém, enfim de coração muito bom.
Para os familiares lembramos que, apesar da dor da perda e das saudades fiquem contentes, pois foram privilegiados de serem filhos, genros, noras, netos, bisnetos de dona Raquel.
Professora Raquel ficamos muito honrados e orgulhosos em poder trabalhar na escola que leva o seu nome; aliás, foi uma homenagem merecedora por ter sido a primeira professora e também por terem sido suas duas filhas professoras, Maria e Raquelinda, as primeiras a lecionarem na referida escola.
Neste momento só temos a agradecer por tanta dedicação e pedir a Deus que lhe proporcione o descanso eterno. Vá em paz na certeza de que seu esforço não foi em vão. As sementes que plantaste para sempre brotarão dando continuidade ao que começaste.
Que o caminho de encontro a Deus se abra à sua frente; que o vento sopre lentamente em suas costas; que o sol brilhe morno em tua face; que a chuva caia de mansinho em seus campos; e a sua imagem, essa vai continuar aqui para sempre, ao longo das gerações.
Professores e funcionários do Grupo Escolar Raquel Pereira
10 de dez. de 2008
COLEGAS E PROFESSORES DE RACHEL / 1932

"A Pérola Negra de Caetité".
José F. Junqueira Ayres, Alfredo José da Silva e Antônio Meireles
O professor Alfredo foi, também, diretor do Instituto de Educação Anísio Teixeira (IEAT). Chegou a ser prefeito (intendente) da cidade, por dois anos (1947 e 1948).
Era um homem de temperamento fechado, exigente quanto à família, mas um cidadão honesto e responsável, quer como diretor da Escola Normal por duas vezes, ou como Prefeito Municipal, ou, ainda, como professor de Português e Literatura Brasileira do curso normal, dispensando aos seus alunos tratamento justo e correto. Um pai de família exemplar e um amigo leal. Tinha uma deferência especial pelos alunos de cor, como ele próprio, sem que houvesse nisto, prejuízo para os outros colegas.
Foi um intelectual de primeira, que organizou uma biblioteca volumosa, particular, rica e eclética, à qual dedicava todo o seu tempo lendo e zelando.
Era, também, de religiosidade católica.
Notabilizou-se, em Caetité, pelo seu alto grau de intelectualidade e pelo seu legado de grande valor à comunidade caetiteense, representado pela sua biblioteca, com exemplares que variavam dos manuais de ensino das letras às revistas de circulação nacional.
O professor Alfredo faleceu em Caetité, no ano de 1985.


Crônica da semana

Nesta 1ª foto, com Dalva M. S. Lima
(D. Dalvinha, irmã de Dr. Vanni)
Na 2ª foto, com Agnalda Públio de Castro
(filha de Durval Públio de Castro)
Obs.: Estas fotos foram acrescentadas à página, em dezembro de 2011.
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