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11 de jan. de 2009

ALGUMAS FOTOS DE CAETITÉ E ALGUNS PADRES




“Recordo a casa, onde eu morava;
O muro alto, o laranjal.
Meu flamboyant, na primavera,
Que bonito que ele era!
Dando sombra no quintal.
A minha escola, a minha rua...
Os meus primeiros madrigais.
Ai, como o pensamento voa,
Ao lembrar a terra boa,
Coisas que não voltam mais “.

Trecho da música: "Meu Pequeno Cachoeiro"
(Roberto Carlos)



Casas de Raquel, em Caetité
(1ª e 2ª da esquerda para a direita)
Localizadas à rua Rui Barbosa-Centro



Antiga Cadeia
Hoje, Arquivo Público Municipal

Altar de Nossa Senhora Santana
(Padroeira de Caetité)


Catedral de Nossa Senhora Santana.


Igreja antecessora à Catedral.

Observatório com as duas torres.

Igreja de São Benedito - 1833

Mercado Público - 1897




Alguns padres antigos:




1ª foto: Monsenhor Luís Bastos - 2ª foto: Monsenhor Osvaldo Magalhães

Monsenhor Luís Pinto Bastos (Monsenhor Bastos) – era natural do município de Carinhanha, Bahia. Exerceu o sacerdócio em Caetité, durante 37 anos (de 1908 a 1945). Além de religioso, era, também, político. Foi Intendente (prefeito) por nove meses (de agosto de 1919 a maio de 1920). Organizou a filarmônica “Lira Caetiteense”, articulou a criação do Colégio (Instituto) São Luís Gonzaga, mantido por jesuítas, em 1912; influenciou, ainda, a implantação da diocese. E, como intendente, inaugurou o sistema de água encanada. Após a sua morte, sua residência transformou-se em Casa Paroquial.
Monsenhor Osvaldo Pereira de Magalhães (Monsenhor Osvaldo Magalhães) – nasceu em Caetité, no dia 24 de dezembro de 1915. Ordenou-se em 1941 e tomou posse como Vigário de Caetité, em 1945, após a morte de Monsenhor Bastos. Antes, trabalhava como secretário do bispo Dom Juvêncio. Foi Vigário Capitular (respondendo pela diocese), enquanto não chegava o bispo nomeado para substituir Dom Juvêncio; Cônego e Monsenhor, pelos serviços prestados à Igreja e aos paroquianos. Muito cordial e contador de histórias, possuidor de grande carisma, não deixava de visitar os enfermos no hospital; gostava, também, de distribuir bombons para as crianças _ andava sempre de batina, e com os bolsos cheios de balas doces. Hoje, devido à idade e à cegueira provocada pelo glaucoma, celebra (falando baixinho), apenas, em sua residência.
Obs.: Seu sobrenome “Pereira” é o mesmo do sobrenome de Raquel. Há parentesco distante.

1ª foto: Padre Ademar na foto comemorativa dos cinquenta anos de sacerdócio.

2ª foto: Padre Ademar em celebração.


Monsenhor Ademar Cardoso Neves – nasceu em Bonito (Igaporã), quando era distrito de Caetité. Exerce o sacerdócio há mais de cinquenta anos, é um dos principais secretários do bispado, coordenador espiritual do ECC (Encontro de Casais com Cristo), e muito querido pela população caetiteense. Apesar de possuir o título de Monsenhor, é mais conhecido como Padre Ademar ou, simplesmente, “Dema”.


1ª foto: Padre Ademar, Suzete e Aparecido
2ª foto: Aparecido, Pe. Ademar e Suzete

Obs.: O Padre Ademar é muito amigo do casal Cido e Suzete.



Nesta foto, o padre Benvindo Silveira Pereira, que foi o primeiro  a ser ordenado, em Caetité, por Dom Manoel Raimundo de Melo, em 1915. Era natural do distrito de Caldeiras e foi vigário de Paramirim, durante toda a sua vida.






Veja, abaixo, duas fotos interessantes, de desfiles de 7 de Setembro, em Caetité, envolvendo membros da família de Raquel Pereira:



1ª foto: Arlindo Carneiro Filho com os primos Mílton e Élio Marques _ 1966. Essa foto foi tirada no pátio do IEAT. Podemos ver entre Carneiro e Mílton, o Hospital, que estava com pouco tempo de funcionamento. (Foi inaugurado em 1962). No canto superior direito dessa mesma foto, vemos o Observatório que, ainda, estava isolado, no morro.

2ª foto: Aparecido Carneiro Pereira, à frente do pelotão do curso "Básico" (equivalente ao 1º ano do curso médio). Esse grupo estava representando os países da América do Sul, em 1976.

Obs.: Essas fotos foram extraídas de monóculos.

Veja, neste blog, outras páginas sobre Caetité. Clique nos links abaixo:  

Fotos, Legendas e Bispos de Caetité

Escola Normal de Caetité

Colegas e Professores de Rachel/1932

Leia, abaixo, um texto saudosista sobre Caetité, cedido gentilmente, pela nossa amiga Luzmar Oliveira: 



E por falar em saudade...
Dia de sábado, ranger dos carros de bois com suas rodas de madeira com chapas de metal, cavalos, jumentos com bruacas, enfim, um desfile singular pelas ruas de Caetité!
Engraçado é que ali ficava o cocô desses animais o que deixava o calçamento salpicado e o cheiro forte. Tão forte que chego a sentí-lo tantos anos depois, como se fosse aqui e agora.
Os carros de bois vinham carregados de lenha e de produtos da roça, como rapaduras, verduras, frutas, farinha, galinhas vivas e até leitoas! Seu destino era a feira.
Ninguém se queixava da sujeira que deixavam. E, na segunda, vinham os garis varrerem as ruas e calçadas. Não eram como hoje, bem me lembro. Eram pessoas humildes, com roupas comuns e, por vezes, usavam vassouras de palha de coqueiro. E faziam o serviço tão bem feito que dava prazer!
De tempos em tempos Sá Rosa e Caboclo eram contratados pela prefeitura para esse trabalho... Depois, quando recebiam o pagamento, já desciam a Dois de Julho completamente bêbados e cantando! Engraçado como, apesar da demência provocada pelo alcoolismo, nunca se separavam e demonstravam, naquela loucura, um amor verdadeiro! Ficaram na nossa memória e fazem parte da história de Caetité. Lembro-me que Caboclo era artesão e fazia lindas cestas e fruteiras de arame. E ambos eram criaturas agradáveis e queridas na cidade. Quando não bebiam, eram trabalhadores e cidadãos comuns.
Ah! Caetité! Quantas histórias temos para contar dos nossos dias ai!
Quantas lembranças embalam nossa vida, nos reportando aos anos dourados em que suas ruas eram nosso passeio diário! Quando bastava sair na janela e já encontrávamos um amigo. E que nossas noites eram divertidas e sem nenhum perigo, sem vícios, sem inconsequências.
Naquele tempo, católicos que éramos, gostávamos de beijar o anel do bispo, de ganhar santinhos de Padre Osvaldo (hoje Monsenhor), de seguir as procissões e usar a roupa de anjos...
Hoje já não somos jovens e nem conhecemos tanto a nossa terrinha amada. Ela cresceu, se multiplicou, subiu as serras e ganhou os vales. Casas e mais casas construídas enfeitando ruas e espalhando jardins. Praças. Casas comerciais. Mercados. Escolas. Ginásios. Avenidas e Alamedas... Pessoas de longe ocuparam o nosso espaço e nossos mais velhos se foram.
Ainda há jabuticabas, coquinhos, aipim com carne do sol, melaço e rapadura, umbus... Mas não há nós todos juntos, aqueles que convivemos naquele momento de crescer...
Ainda há amor por ti, terra amada, muito amor em nossos corações! As lembranças que trazemos dos nossos dias ai serão eternas e sempre nos acariciarão a alma e nortearão nossa vida! Nós te lembramos e acariciamos essa lembrança como quem acalenta um filho ou uma velha mãe! Guardamos tuas fotos e as olhamos com carinho e ternura numa sede de retroagir no tempo e reviver as horas de alegria pura que nos deste!
Obrigada terra amada, terra mãe, “doce terra entre as serras”, obrigada por haver-nos recebido em teu seio e nos haver emprestado o orgulho da naturalidade caetiteense. Envergamos esse título com garra e amor! Jamais declinaremos dele e sempre espalharemos, por onde andarmos, o teu nome doce e suave, Caetité! Distantes ou próximos não importa, pois o amor que te dedicamos é grande demais para reconhecer distâncias, oceanos, desertos, ares ou mares! Estás e estarás sempre e para sempre dentro do nosso coração!
Somos caetiteenses e disso nos orgulhamos!
É mágico nascer em Caetité! É divino ser de Caetité!

Luzmar Oliveira
13jan13.





2 comentários:

Anônimo disse...

Otima qualidade das fotos,
bom ter um blog tão rico (;

luzmar oliveira disse...

Obrigada, Aparecido, por haver escolhido a minha crônica para figurar em um blog tão especial e sério. Sinto-me orgulhosa com isso e feliz por levar meus sentimentos a tantos que amam Caetité. E juntar o que escrevo ao acervo de uma mulher guerreira e forte como a Professora Raquel Pereira Carneiro, que tanto fez pela educação do nosso povo, emprestando-lhe seu amor e sabedoria. Parabens pelo blog e muita paz! Bj de Luz.